Como podem
imaginar, usei esse nome mais leve no titulo do post para evitar preconceitos
ao procedimento.
A
Interrupção da gravidez é um procedimento cirúrgico, invasivo e traumatizante.
Cujo ás consequências podem deixar sérios problemas psicológicos e físicos.
A mulher que
normalmente opta por interromper a gravidez está desesperada e procura as
opções mais rápidas, baratas e de fácil acesso, o que na maioria das vezes
acaba causando danos sérios para o psicológico e físico da mulher, ou até
afetando em futuras gestações.
Como
registrado pelo Instituto do Coração (InCor) e pela USP em pesquisa realizada
em 2010, no período de 1995 á 2000 o SUS fez em média 32 milhões de cirurgia de
curetagem pós-aborto (não especificando os espontâneos). Isso é reflexo de
nossas leis, as quais só liberam o aborto em caso de estupro, quando não á
chance de salvar a vida da gestante (Artigo 128 Código Penal) anencefalia e má
formação fetal (sob decisão jurídica).
Será que a
descriminalização e a legalização da interrupção da gravidez não diminuiriam
drasticamente esses números? Penso que sim, pois como sabemos, os métodos
alternativos são incrivelmente cruéis com as mulheres e com os fetos e se fosse
implantado um modelo de cirurgia esse números reduziriam.
Não defendo
o uso da interrupção da gravidez como método contraceptivo, como já citado esse
tipo de procedimento é extremamente traumatizante, acho que a mulher que opta
por tal decisão está plena e certa do que quer. Se imagine nessa situação;
“Você é uma
jovem estudante, com 15 ou 16 anos, com todas as oportunidades a sua frente, só
que sua família não vive em boas condições financeiras, e em uma noite se
descuida ou a preservativo falha e então você fica gravida.”
Se você
tivesse o desejo de não ter essa criança, pelo Código Penal atual você não
poderia interromper sua gravidez, seria obrigada a ver sua adolescência indo
embora por um pequeno deslize em uma noite, sem contar que sua família não tem
condições financeiras, e possivelmente essa criança não terá uma boa educação,
boa alimentação ou conforto. Ela está jogada a sorte, sem muitas perspectivas.
Então seria a interrupção uma saída para não ver o sofrimento futuro? Talvez um
ato de misericórdia com o pobre feto.
Para ser feita
esse método de interrupção, tem algumas limitação, como respeitar o tempo de
viabilidade, não seria nada ético interromper uma gravidez de 8 meses, o feto
já tem consciência de sua existência, tem certos sentimentos e já existe um
forte vinculo ente mãe e filho. O que está em vigor em alguns países é a
viabilidade de 20 a 22 semanas (de 4 a 5 meses) de gestação, aonde o feto ainda
não tem nenhuma consciência de sua existência, ele é apenas um aglomerado de
células com algumas reações fisiológicas.
Esse
procedimento seria feito em clinicas especializadas seguindo os mesmo padrões
para cirurgias. Como anestesia, assepsia do local,
dimensões de corredores e tudo mais.
Como isso
seria custoso, para as pessoas de baixa renda (como a menina descrita acima)
não teriam recursos para o procedimento. Então acho que poderíamos criar umas
exceções no sistema publico, com uma analise de renda para ver se essa pessoa
tem condições para fazer o procedimento.
Você pode
estar pensando; “tenha a criança e dê para a adoção”. Ai entramos no ponto de
que a mulher tem poder sobre seu corpo, e se ela não quiser ter um filho ela
tem esse direito (e não me venha com o papo de “é só ela não ter relações sem
proteção”). Só que a mulher que optar por esse procedimento tem que ter certeza
do que quer, e ter condições psicológicas para fazer tal coisa, insisto mais
uma vez, não usar a interrupção como método contraceptivo já que é totalmente
traumático para a mãe e poder oferecer alguns riscos a sua saúde e outras
futuras gestações.
Alguns links
para leitura complementar
Estadão
Veja
G1
E.U.A (sobre
aborto)
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