Sempre gostei muito de animais, e com isso em minha infância
ia frequentemente ao Jardim Zoológico. Era um lugar mágico, onde ficava admirando a beleza de animais dos quais só tive contato pela televisão, além de
ficar lendo as plaquinhas e às vezes até anotava e fotografava os animais e
colava tudo em um caderno.
Hoje após alguns anos de minha ultima visita retornei ao
Jardim Zoológico de São Paulo, foi meio mágico pra mim quando meu pai me
acordou e me contou que iríamos ao zoológico, então fiquei pronto de dez
minutos (igualzinho criança ansiosa).
No percurso tudo ocorreu bem, chegando perto do zoológico
pude começar a perceber algumas coisas estranhas, vendedores ambulantes
oferecendo binóculos, chapéus, e alguns outros brinquedinhos sem muita
utilidade, quando estávamos em frente à bilheteria pude observar que o lugar
que eu “endeusava” em minha infância se tornou um centro de comercio ilegal
(igual quando Jesus expulsou os vendilhões do templo [Mateus 21-12,13]).
Então pensei; “isso deve ser só um meio da população local
aproveitar os visitantes”. Mas logo reparei que isso era um reflexo da
mentalidade da população, sempre tive o zoológico como um centro de
conscientização e informação sobre as espécies nativas e exóticas, e agora os
visitantes tratavam os animais como atrações de circo.
E mesmo vendo tudo isso estava em uma euforia que não cabia
em mim, todo alegre ao rever animais dos quais só me lembrava vagamente ou por
imagens da internet. Lembro-me que quando me dirigia ao recinto do Condor, ouvi
uma mulher de meia idade e de boa aparência pronunciar tais palavras:
“AHHHH nããão quero vê esse papagaio grande não”
Pode ser meio radical, mas me senti extremamente ofendido,
como uma mulher feita pode fazer confusão entre um CONDOR e um PAPAGAIO,
primeiro o Condor é da família do Urubu (Cathartidae) e o Papagaio é um
Psitacídeo, sem contar o tamanho e coloração.
Logo depois do dessa cena que me causou embrulho no
estomago, pude observar o máximo da falta de consciência, um homem fumando ao
lado do recinto do Calau-Rinoceronte, e depois de acabar seu cigarro o
individuo simplesmente jogou a bituca do cigarro de frente ao recinto, nessa
hora não me contive e falei com o icônico ser que me disse que era só um
“pássaro com o pico estranho” então após a rápida conversa com os ser de alma
sebosa tentei achar algum guarda e não obtive sucesso.
O que me levou a pensar que o zoológico já foi um lugar
educativo aonde se podia observar os animais sem um marmanjo do lado dizendo
que o cheiro está ruim.
Penso que esses parques deveriam tomar medidas que levassem
as pessoas a aprender e se conscientizar sobre a fauna e flora nativa e exótica,
conhecendo um pouco sobre a biodiversidade.
Talvez a solução fosse reformar as
placas e colocar as visitas a serem monitorada por guias o que faria a maioria
das pessoas se distanciarem do parque, e assim o lucro cairia e blá blá blá.
Então como sei que essas medidas são quase que impossíveis
irei me ausentar de instituições que exponham seus animais como atrações de
circo.
2 comentários:
condor... papagaio... WTF??
Ah que coisa mais liinda, exemplo!!
Beijinhos, Lari do http://bylarissamocellin.blogspot.com.br/ <3
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