Analisando os atuais programas humorísticos (da televisão aberta), podemos observar alguns pontos como; estereotipagem, apelo sexual, populismo e uso de humor “pastelão”. Podemos classificar o humor da TV aberta em quatro tipos; jornalístico, populista, de esquetes e “talk show”. Pode se classificar o humor populista como Zorra Total, A Praça é Nossa e Pânico na Band, como a própria classificação mostra, ele usa o populismo, além da estereotipagem e apelo sexual, usando mulheres seminuas para atrair publico e impondo o padrão de beleza a ser aceito pela sociedade.
Já os programas
que usam o humor “jornalístico” como o CQC e Furo MTV, usam notícias atuais e
as satirizam fazendo com que o expectador possa refletir sobre alguns dilemas
sociais como a pobreza, corrupção, e alguns assuntos banais do cotidiano que
levam a algumas reflexões como o excesso de notícias sem utilidade prática que
são supervalorizadas.
Os programas de
esquetes são aqueles que são compostos por pequenos “quadros” de vários
assuntos, como o Comédia MTV e “Saturday Night Live” aonde usam de assuntos
cômicos e corriqueiros satirizando-os de formal teatral, a maioria dos artistas
desse ramo tem alguma origem teatral.
Pensando de forma
liberal não podemos classificar os tipos de humor como “bom” ou “ruim”, há
públicos e públicos para determinados programas, por isso existe uma
diversidade tão grande, nem tudo é preto ou branco, existe um infinidade de
tons de cinza, o problema é quando os programas em geral fazem o expectador não
se informar (alienar). Qualquer tipo de humor é valido, desde que cause o riso
que é o principal objetivo da comédia, qualquer moralismo e inflexibilidade não
deve ser empregado na analise do humor, ou de qualquer outro gosto individual,
pois assim exclui-se a opinião e o gosto do outro. A mídia está em constante
luta por audiência, usando como arma a criatividade, ou às vezes se utilizando
dos artifícios do populismo para tentar atingir o máximo de publico ou mesmo atiçar
a curiosidade dos críticos. Algo desleal para a concorrência já que esse tipo
de competição deveria envolver a criatividade e obter o máximo dos humoristas,
ela se torna prejudicial quando desequilibrada.
Um ponto positivo
nos programas humorísticos é a responsabilidade social que eles promovem mesmo
os mais populistas tem algum fragmento onde dão espaço ou para questões
políticas ou socioeconômicas, dão um toque de consciência em um humor popular,
o “x” da questão e como o publico trata esse toque. Estando em um país laico, é
cômico ver que a religião cristã comanda nosso país, por isso os programas
humorísticos da TV têm tanto receio de atacar as religiões, como fazem com
tantos assuntos, mais isso não significa que eles não façam. Raramente quando esses
programas satirizam alguma religião, eles não especificam alguma, e quando
fazem isso normalmente é com alguma religião de vertente africana reforçando
assim o preconceito por elas. Contudo esses raros momentos na tv aberta abrem
uma oportunidade para se questionar os dogmas e crenças, rompendo com o velho
clichê de que “religião e futebol não se discutem” .
Já que os
programas de humor são voltados para o entretenimento, ou seja, diversão, o que
vale é fazer o expectador rir e se divertir. Seria bom que despertasse o
raciocínio critico mais como papel de entretenimento não se deve cobrar tal
requisito desses programas e sim do tipo de educação e seu acesso à cultura e
opiniões diferentes.
3 comentários:
Gostei do post! Concordo com você!
Beijos,
isaloy.blogspot.com.br
Muito Obrigado.
(Fiquei curioso pra visitar seu blog vou lá)
Gosto de CQC e Agora é tarde,são muito bons.
minhaladainha.blogspot.com
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